domingo, 19 de outubro de 2008

Introdução à educação digital - Considerações Finais




Chegar ao final do curso de Introdução à Educação Digital foi um grande desafio. Primeiro porque não levei em conta o alcance da palavra "introdução", o que faria toda a diferença para mim, que, sem falsa modéstia, não sou exatamente um usuário iniciante das tecnologias. Isso também não quer dizer que não tivesse e ainda tenha muito a aprender,mas no momento em que me encontro, rever noções básicas de uso da informática na educação não faz parte das minhas prioridades.

Mas, enfim, cego pela possibilidade de dar umas boas gargalhadas no trajeto Loanda-Querência-Loanda, me inscrevi e fui, sem levar em conta que ainda viriam as tarefas à distância.

Antes e durante o curso não foram poucas as vezes em que quis desistir e me esforcei muito para ser desligado do curso, mas não consegui. Isso eu devo aos esforços da tutora e das minhas colegas de viagem: Gislene, Lourdes e Silvia.
O curso foi técnica e pedagogicamente muito bem organizado de modo que as atividades, embora fossem muitas, ocorreram em clima agradável, apesar da correria cotidiana. Entre os trabalhos realizados estão:
1º e 2º ENCONTRO Na apostila “Introdução a Educação Digital “ 1- Ler a unidade 1: Tecnologias no cotidiano:desafios à inclusão digital. 2- Ler a unidade 3:Comunicação mediada pelo computador:correio eletrônico. 3-Ler a unidade 7: Criação de blogs. Conceituar o que são Mídias e Tecnologias. (Postar no blog)

3º Encontro 1-Ler a unidade 2: -Navegação,pesquisa na internet e segurança na rede. 2-Ler a unidade 4: -Debate na rede: bate-papo,lista,fórum de discussão e netiqueta. 3-Assistir ao vídeo “Fronteiras Digitais” Postar no blog um texto sobre o vídeo contendo suas reflexões. DISCUSSÃO EM GRUPO SOBRE ALGUMAS PERGUNTAS REFERENTES AS UNIDADE ESTUDADAS

4º Encontro 1- Ler a unidade 5: Elaboração e edição de textos. 2- Ler a unidade 6: Apresentação para nossas aulas. “Do Sonho Aos Ares” Santos Dumont: Assistir ao vídeo Construa um texto,postando no blog, procurando relacionar os pontos mais importantes que surgiram a partir de algumas questões. Visitar o site http://www.eca.usp.br/prof/moran/ Na opção Educação Inovadora, escolher um texto, produzir um comentário e postar no blog.

5º Encontro 1-Ler a unidade 8:- Cooperação e Interação em Rede. 2- Ler a unidade 9:Solução de problemas com Planilhas Eletrônicas. Slide 15: Trabalho em equipe: criar uma apresentação usando apenas 4 slides,fazendo uma divulgação do curso”Introdução à Educação Digital”a todos os professores que não fizeram o curso. Inserir a apresentação na comunidade Slideshare e exportar para o seu blog. Visite o site do You Tube para pesquisar um vídeo interessante para o uso em sala de aula, justificando o por quê da sua escolha. Postá-lo no seu blog para que seus colegas possam apreciá-los. Proposta de trabalho -Postar no blog sua proposta de trabalho e todo o material utilizado.

Pelo exposto é possível perceber que embora tenham nos enriquecido imensamente, as atividades consumiram muito mais que a carga horária pela qual seremos certificados, o que não é absolutamente justo.Mas não há como entrar no mérito dessa questão no momento.

Em todo o seu andamento o curso teve um grande mérito, primou pela produção e não pela reprodução. A todo momento éramos convocados a manifestar a nossa opiniã, relatar nossas experiências, produzir uma reflexão, nunca recitar/repetir informações já produzidas por outra pessoa. Isso faz toda a diferença em uma atividade de formnação continuada.

Enfim, posso afirmar que o curso extrapoulou totalmente as minhas expectativas, pois, se a perspectiva da introdução me desanimou, o dinamismo da docente, o companheirismo dos colegas de curso, os momentos compartilhados e os conteúdos veiculados além da ementa do curso, contribuíram imensamente para a minha formação profissional e me tornaram um usuário ainda melhor das tecnologias.

Proposta de trabalho com o uso de tecnologias

Estou socializando minha proposta em forma de apresentação de slides pois a melhor forma que encontrei para organizar e sistematizar informações e materiais. Assim, a tecnologia foi importante tanto na realização do trabalho quanto em sua socialização.

Debate
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Um recurso para suas aulas de Literatuta

O livroclip é um recurso bastante útil para professores de Literatura pois é uma forma critiva de provocar os alunos para a leitura de uma determinada obra. No caso deste vídeo, o enredo de Dom Casmurro é introduzido nos moldes de uma investigação policial, de modo que os educandos são instigados a ler o romance de Machado de Assis com o objetivo de compreender e/ou desvendar o enigma.

Não fique fora dessa!!!

Convite
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Lendo e pensando com o Prof. Moran




É bastante pertinente a reflexão proposta pelo Prof. José Manoel Moran (ECA/USP) em seu texto "Educação afetiva ou controladora? Foco no conteúdo ou em valores?". Confesso que iniciei a leitura com alto grau desconfiança, visto que, como adepto da "Pedagogia Crítica Social dos Conteúdos" tenho uma aversão nata a textos, teorias e autores que defendem a demasiada secundarização dos conteúdos em nome da educação para a sensibilidade, afetividade, criatividade e coisas assim. Sou do tipo que acredita, e às vezes isso me custa muito, que a escola é, sobretudo, espaço do conteúdo, pois não há, em nossa sociedade, outra instituição que se responsabilize por isso.
O texto em questão, contudo, apresenta reflexões sérias, consistentes e coerentes a respeito do tema proposto e conquistou minha adesão sobretudo por algumas afirmações como:
  • "(...) o educador ajuda muito o aluno se ensina o que pratica, se ele se mostra como é, como uma pessoa em desenvolvimento, com contradições, mas que procura ser coerente entre o que pensa e faz."
  • "um mundo de tanto faz de conta, de tantas aparências e de tantas mentiras, educar dentro da verdade e da coerência já é uma grande inovação."
Parece que o Prof. Moran com sua perspicácia e sabedoria (já tive a oportunidade de ouvi-lo pessoalmente e isso me dá condições de utilizar com maior segurança esses adjetivos) advinhou o ponto exato que me incomoda nos discursos sobre educação para a afetividade, sensibilidade e coisas assim: essas coisas não se ensinam, praticam-se. Para que "perder tempo" da aula, com longos discursos sobre amor, solidariedade, fraternidade ou com enfadonhas e adocicadas dinâmicas se, naquela mesma aula, quando "retorna" ao conteúdo ou quando a aula termina não pratica esses valores no tratamento com esses mesmos alunos, com as outras turmas, com os funcionários da escola ou com seus colegas de docência?
É possível educar para a sensibilidade, para os valores, mas isso é menos uma questão de retórica e acima de tudo, uma questão coerência entre o ser, o dizer e o fazer.

Do sonho aos ares


Imagem extraída de http://santos-dumont.cartum.zip.net/images/14-Bis_web.jpg

Pela leitura do vídeo podemos perceber que não há evolução tecnológica sem ousadia, isto é, sem alguém de que se propnha a realizar aquilo que, para as pessoas comuns, parece impossível. Foi assim com Santos Dumont e tem acontecido da mesma forma com todos os grandes precursores dos avanços tecnológicos que tanto nos fascinam.
No âmbito da informática, quando se poderia pensar que, em um único mesmo equipamento se poderia ter texto, som, imagem e movimento em uma única mídia e com possibilidade de interação em tempo real?
Alguém um dia pensou que sim e perseguiu com afinco essa meta, de modo que hoje nós podemos colher os benefício.
Tais fatos desafiam e convocam todos os educadores a ousarem também incorporar as tecnologias de informação e comunicação como recursos metodológicos de suas práticas pedagógicas, mesmo naquelas situações em que a sua utilização parece impossível.

Fronteiras digitais


Ler o vídeo "Fronteiras Digitais" deixou-me bastante perplexo.
É fato inegável que elas existem e, como toda fronteira, impõe limites, restrições, dificulta o acesso. Neste caso, restringe-se o acesso à cidadania, visto que as tecnologias digitais permitem a interação entre pessoas e destas com inúmeros conteúdos que lhes permitem assumir o seu papel de sujeitos da palavra, da história e da vida social.
Também não se pode negligenciar o fato de que as instituições escolares situam-se no limiar dessas fronteiras e, por isso, a formação dos cidadãos que lhe são confiados tem se dado com lacunas, uma vez que esta poderia ser mais consistente se as ações de inclusão digital em instituições educacionais fossem mais profícuas.
Contudo, preocupam-me textos que comparam a escola com a evolução histórica de outras instituições ou tecnologias, procurando criar a evidência de que as instituições escolares sejam espaços fossilizados em meio ao ritmo desenfreado da evolução tecnológica.
Tal comparação é totalmente injusta, visto que desconsidera as condições em que tal "evolução" se deu em cada esfera, isto é, com ritmos e recursos materiais totalmente diferentes. Não é natural que a escola esteja na "lanterninha" dos avanços tecnológicos. Ao contrário, trata-se do resultado histórico de um jogo de interesses que não ofereceu às instituições escolares as mesmas condições de atualização que foram disponibilizadas à insdústria da comunicação, por exemplo.
Desse modo, o vídeo mostra a distância tecnológica da escola em relação a outras esfera da sociedade, mas apaga o processo histórica de produção dessa lacuna que faz dos estabelecimentos de ensino uma das fronteiras digitais do nosso tempo. Quando esse apagamento ocorre, há o risco de se polarizar a culpa sobre os ombros de quem não foi responsável pela existência do fato, neste caso, o professor.
Diante da posição veiculada pelo vídeo, o mais justo e coerente seria perguntar "quais foram as condições sociais, históricas e políticas" que produziram avanços tecnológicos em tantas esferas da nossa sociedade e fizeram da escola uma das fronteiras digitais dessa mesma sociedade?". A resposta a esta questão passa sim, pelas salas de professores, mas está profundamente enraizada em atos que ocorrem nos gabinetes dos dirigentes educacionais em todos os níveis.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sobre mídias e tecnologias


Muitas vezes ouvimos as pessoas falarem em mídias e tecologias e corremos o riscos de considerar esses termos como sinônimos. Há, contudo uma distinção entre eles.
Pensar em tecnologia implica considerar toda a ação humana no planeta, pois esse termo se refere a toda espécie de instrumentos produzido pelos representes da nossa espécie para transformar o planeta, alcançar seus objetivos e suprir as suas necessidades. Uma simples pedaço de madeira utilizado para alcançar um fruto no alto de uma árvore é um exemplo de recurso tecnológico. Felizmente, à medida em que a aventura humana na Terra foi avançando, a engenhosidade humana foi capaz de criar instrumentos cada vez mais sofisticados, chegando às maravilhas tecnológicas dos nossos dias. Sem falar naquelas que ainda irão nos estupefar.
Já o termo mídias se refere às chamadas tecnologias especificamente voltadas ao processo de comunicação, isto é, a interação humana. São, portanto, meios, instrumentos de que nos servimos para trocar mensagens com as outras pessoas, sejam elas, faladas, escritas ou imagéticas e, como já nos habituamos, mensagens multimídia em que som, imagem, texto e movimento se entrelaçam.